Harmony Harris: Clínica que enxerga a estética de nova forma está prestes a abrir em Natal

Harmony Harris: Clínica que enxerga a estética de nova forma está prestes a abrir em Natal

Harmonia e naturalidade são as qualidades mais procuradas no atual mercado de estética. À medida em que os procedimentos se tornam mais sofisticados, modernos e precisos, o consumidor busca mais qualidade de vida, saúde e, de quebra, uma aparência melhor. Iniciativas que oferecem atendimento estético integrado, que em um só local entregam soluções para variadas necessidades corporais, têm sido uma opção para quem busca o equilíbrio de formas. Esses procedimentos podem ir desde a harmonização facial até a pouco discutida (mas muito procurada) estética íntima, que fala diretamente à saúde da mulher.

“A gente pensa a harmonia como arte, leveza. E sempre que o profissional está incluindo esse tipo de base pra poder atender o paciente, ele pode proporcionar harmonia”, afirma Raissa Harris, cirurgiã dentista e especialista em harmonização facial. Ela está à frente de uma iniciativa que pensa a atividade estética de uma forma multidisciplinar, com tratamentos integrados, e várias possibilidades de atendimento. A clínica Harmony Harris será um espaço com essa proposta, prevista para entrar em funcionamento a partir de 14 de dezembro.

A ideia, segundo Raissa, é oferecer algo mais que estética, um conceito bastante difundido atualmente nesse segmento. Tem a ver com trabalhar a autoaceitação e elevar a autoestima dos pacientes, preservando os traços que são únicos em cada indivíduo. Para tal resultado, vão utilizar ferramentas sofisticadas e tecnologia de ponta. Entre os serviços que serão oferecidos estão harmonizações corporal e orofacial (especialidade da odontologia), ginecologia e estética íntima feminina, odontologia restauradora, ortodontia, cirurgias estéticas e funcionais odontológicas, nutrição, e nutrologia.

Harmonizações

Um dos procedimentos mais procurados do momento, a (às vezes) polêmica harmonização facial, exige técnica e sensibilidade para realmente ser harmônica, segundo Raissa. “É preciso conhecer a essência da pessoa que está ali. Esses traços únicos precisam estar ainda impressos mesmo após a harmonização. Muitas pessoas se perdem em relação aos exageros, e por isso é importante o profissional ter essa leveza na mão, conhecer mais além da técnica”, diz.

Daí a importância da avaliação antes de fazer o procedimento. A cirurgiã explica, no caso da harmonização facial, o médico avalia o sorriso, os terços médios da face, a oclusão (mordida), a qualidade da pele, e também escuta o que o paciente deseja melhorar. “Após toda essa análise nós mostramos o que a harmonização pode oferecer. Inclusive, nós avaliamos se haverá a necessidade de outro profissional, daí a importância de um atendimento multidisciplinar”, explica.

A médica ressalta que é preciso entender que a harmonização é um conjunto de procedimentos. “Se o objetivo é obter uma aparência mais jovem, não basta só fazer um preenchimento. Envolve também o ácido hialurônico ou um bioestimulador de colágeno injetável. No geral, precisa induzir colágeno e preencher áreas no rosto que restauram nossas estruturas da face”, completa.

Uma das apostas do projeto da cirurgiã dentista é o aplicativo 'Visage'. A ferramenta ainda está em desenvolvimento, mas deverá facilitar muito as coisas para quem deseja fazer um procedimento facial, mas tem receio do resultado. O app fará o escaneamento do rosto em 3D e projetará o resultado que o paciente terá logo após o procedimento.

Segundo Raissa, a ideia surgiu a partir da observação das necessidades do dia a dia da clínica estética. “Eu pedi ao programador para fazer uma simulação de como ficaria o resultado na harmonização. A tecnologia está aí para melhorar a comunicação com o paciente e facilitar a vida dos profissionais”, diz. O Visage vai melhorar a forma avaliativa e detalhar ainda mais o prontuário que traça a personalidade do paciente.

Íntimo e pessoal

A estética íntima feminina é algo que se dirige à mulher em vários pontos, não apenas o da beleza. Faz parte de uma linha de procedimentos cada vez mais procurados, ao mesmo tempo em que ainda guarda uma aura de tabu. “Esses procedimentos vieram como uma forma de dar mais qualidade de vida às mulheres, sabendo que essa é uma queixa muito comum nos consultórios de ginecologia. Infelizmente, muitas mulheres se sentem constrangidas e envergonhadas com o próprio corpo”, diz a ginecologista Lisieux Nóbrega, especialista em estética íntima e laser há cinco anos.

A médica explica que boa parte das mulheres que procuram o procedimento não o fazem por estética. Geralmente é por algum tipo de incômodo ou dor. “Nós recebemos pacientes de todas as idades, por exemplo, meninas de 13 anos que estão na puberdade e que nunca conseguiram botar um biquíni numa praia, uma calça jeans, porque tem os pequenos lábios um pouco maiores e isso incomoda, causa dor, e afeta sua autoestima”, diz.

Os problemas são vários, como a atrofia do canal vaginal após a menopausa, diminuição de pequenos lábios, mulheres com corrimento de repetição, clareamento vaginal. “Muitas mulheres deixam de querer um parto normal, por exemplo, com medo de ficar com o canal vaginal muito largo e ter incontinência urinária. A gente consegue devolver essa funcionalidade sem precisar fazer cirurgia, muitas vezes”, explica Lisieux.

Indica-se ainda para quem sofre de dores pélvicas, bexiga caída, períneo, além de ser destinado à mulheres que tomaram anabolizantes, devido ao aumento clitoriano, e aquelas que se encontram no pós menopausa, período da vida da mulher em que há a perda da lubrificação da mucosa vaginal.

“Alguns procedimentos cirúrgicos nós fazemos com laser, como a ninfoplastia (diminuição dos grandes lábios), e nos casos de ressecamentos, peelings, flacidez, nós usamos outro laser que não é cirúrgico”, ressalta a ginecologista. O rejuvenescimento íntimo é feito com laser, sem dor e com rápida recuperação. O procedimento é minimamente invasivo e não afeta a sensibilidade da mulher.

O Brasil é um país recordista em cirurgias íntimas, mas ainda carece de mais informação e desmistificação sobre o assunto. “Recebo mulheres que vinham sofrendo durante anos sem saber que havia um tratamento para esse problema. É pura falta de informação, aliada à questão do tabu. A informação é cada vez mais necessária”, conclui.